sábado, 31 de dezembro de 2011

Entre o Rio e o Mar

Entre o Rio e o Mar: História de Itajaí -SC
O objetivo deste blog é oferecer um espaço de discussões
e debates sobre a histórtia política de Itajaí publicada recentemente no livro
"Entreo Rio e o Mar: história da administração pública municipal de Itajaí entre
1950 e 2000", publicado pela S&T Editores. Os comentários podem ser enviados
através do link "comente", situado no parte inferior da página do
blog.Entre o Rio e o Mar é um livro de história política. Nele
lemos a história da política itajaiense (SC - Brasil) na segunda metade do
século XX. Não se trata de um livro de memórias ou saudosismo, e sim de uma obra
com caráter científico, que segue uma metodologia para atingir objetivos
específicos. O autor é mestre em história pela Universidade Federal de Santa
Catarina e se propôs a realizar uma profunda análise dos processos e tendências
que delinearam a vida política do Município de Itajaí. Quais as melhores
práticas políticas que produziram desenvolvimento e bem estar social ao longo da
história da cidade? Por que estas práticas ocorreram em certos momentos
históricos e em outros não? Que ambientes históricos e sociais propiciam o
florescimento de práticas políticas promotoras de desenvolvimento econômico,
social e cultural para a cidade? Seria possível através destes conhecimentos
científicos cultivar estas práticas políticas nos dias atuais, fazendo da
consciência histórica um instrumento para a ação prática no presente? O autor
responde que sim e demonstra com argumentos históricos, sociológicos e
antropológicos a tese central de sua obra: a existência de duas tradições
políticas rivais em Itajaí: a marítima e a fluvial. A primeira se baseia em
segmentos sociais ligados historicamente ao comércio portuário e a segunda, a
fluvial, no pequeno comércio interno e na pesca. Esta delimitação não se
fundamenta apenas em argumentos sociológicos e econômicos, mas também em
características culturais da cidade. Por este motivo, a atuação política de um
ou de outro grupo político exerceu influência decisiva na fornação das
identidades histórico-culturais da cidade ao longo de seus 150 anos. As
considerações finais da obra oferecem um panorama geral das principais
tendências de desenvolvimento histórico que o autor identifica para a
cidade.

domingo, 17 de abril de 2011

Instituto Boi Mamão


Estivemos eu, o profº Maurício Bento e Flávio da Silva no Município de Bombinhas na última sexta feira (15/04) na cerimônia de lançamento do livro "Bombinhas nas Minhas Lembranças", publicado pelo Instituto Boi Mamão. Conhecemos o engenho, as rendas de bilros, a oficina de cerâmica e tomamos café com cuca caseira. Foi maravilhoso!

terça-feira, 8 de março de 2011

A História Secreta de Che Guevara

É incrível como o discurso de esquerda consegue atrair com tanta facalidade a juventude mal informada deste país.
Quero aproveitar a estada no Brasil da filha do ex-guerrilheiro Ernesto Che Guevara para revelar algumas partes pouco conhecidas da história deste "mito" da Revolução Cubana.
Todos sabem que após a Revolução Cubana em 1959, Che se desentendeu com Fidel Castro, porque este apoiava a URSS e Che era adepto das ideias trotskystas e pretendia espalhar a revolução socialista para os demais países da América Latina. Após uma rápida passagem como Ministro da Economia de Cuba, Che entregou-se à missão de tentar repetir a fórmula da Revolução Cubana nos paises mais desenvolvidos da América Latina, entre eles o Brasil. Entre 1965 e 67 Che esteve secretamente no Brasil ministrando cursos de guerrilha para estudantes universitários bresileiros. Esta propaganda chegou inclusive aqui em Itajaí, como demonstrei em meu livro 'Entre o Rio e o Mar" ( S&T Editores, 2010) Disto resultou a formação de grupos guerrilheiros como a FNL (Força Nacional Libertadora), VAR (Vanguarda Armada Revolucionária), entre outras.
Até aí, tudo bem. isto já é bem conhecido de todos.
Porém o que muitos não sabem é que Che fazia sua propaganda revolucionária divulgando fatos históricos mentirosos e distorcidos sobre o que realmente tinha acontecido na Revolução Cubana.
De acordo com o historiador Jacob Gorender, na obra "Combate nas Trevas" ( Editora Ática, 1987), Guevara mentiu ao afirmar que a Revolução foi uma vitória de um grupo de 15 bravos guerrilheiros que derrotaram o exército do ditador cubano Fungêncio Batista no heróico combate de Sierra Maestra. Na realidade, Che escondia o fato de que sua vitória só foi possível porque o Governo dos EUA haviam enviado armas, dinheiro e treinamento para os guerrilheiros cubanos, com o objetivo que estes se aliassem aos americanos após a tomada do poder em Cuba. Após a vitória, Che e Fidel, declararam-se comunistas, romperam com os americanos e se aliaram aos russos. Em 1961 os americanos tentaram invadir Cuba. mas foram impedidos por tropas russas que apoiavam os guerrilheiros cubanos. Por isso., os EUA decretaram um embargo econômico à Cuba que vigora até hoje.
A propaganda guevarista na A.L. dizia que um grupo pequeno de guerrilheiros poderia criar um foco de revolta popular contra os governos latino-americanos, trnsformando-os em comunistas, como havia acontecido em Cuba. Esta ideia, que ficou conhecida como "teoria foquista" era, na verdade, um mito, apoiada numa versão falsa da história da Revolução Cubana, pois escondia o principal motivo que havia levado ao êxito da guerrilha: o apoio americano, A revolução havia triunfado com armas, dinheiro e treinamento americanos, fato que Che e Fidel sempre esconderam da juventude cubana e dos demais paises latino-americanos.
No Brasil, muitos jovens foram vítimas destas mentiras. Logo em seguida à vinda de Che para propagar suas ideias no Brasil, começaram a se formar grupos guerrilheiros que acreditavam no mito guevarista de derrotarem a ditadura militar através de ações terroristas contra alvos militares. O resultado disto foi uma brutal violência que vitimou milhares de jovens e não conseguiu atingir o objetivo. Ao contrário a ditadura fortaleceu-se ainda mais porque encontrava justificativa argumentando que lutava contra "terroristas" financiados pelos russos.
Entretanto, o mais incrível é perceber que ainda hoje este mito continua se propagando entre os jovens, que ainda acreditam ingenuamente que Che Guevara foi um herói por ter liderado uma revolução apemas com suas ideias, simpatia e coragem. É uma pena que ainda hoje se oculte a verdadeira razão da vitória de Che e Fidel: as armas e os dólares americanos.
Quem quiser conferir esta história, leia o livro "Combate nas Trevas" de Jacob Gorender e "Entre o Rio e o Mar", de minha autoria (S&T Editores, 2010).

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Fundo Mun. de Cultura

Começaam hoje, 07/02, as discussões visando à criação do Fundo Mun. de Cultura, com a primeira reunião da câmara técnica. Em seguida, o anteprojeto segue para a apreciação e votação no Conselho Municipal de Cultura.

Estamos propondo o twitter www.twitter.com/COMUC para facilitar as discussões dos temas que estão sendo discutidos pelo Conselho.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Uma Experiência Cultural

Através do Museu Etno-Arqueológico de Itajaí, unidade da Fundação Genésio Miranda Lins, estamos iniciando uma experiência cultural fascinante: o traslado de um engenho colonial (moinho artesanal de tecnologia milenar) de Nova Trento para a cidade de Itajaí. O engenho será montado no Parque do Agricultor de Itajaí, onde se realiza anualmente no mês de julho a tradicional Festa do Colono.




Tranplantado de seu contexto cultural original para uma comunidade com caraterísticas culturais semelhantes em outro município, como será este processo recebido pela população receptora? E a comunidade de origem, como receberá a notícia? Presenciando o funcionamento do moinho na produção de farinha de mandioca, fubá e açúcar, que tipo de memórias e identidades culturais a comunidade receptora manifestará? E os turistas visitantes da Festa do Colono, como reagirão diante da novidade e que tipo de interação haaverá com a comunidade local?
São perguntas que apenas a interpretação minuciosa desta experiência teatral da cultura poderá responder. Com certeza, muita emoção, memórias e lágrimas irão emoldurar este quadro cultural com gostinho de retorno ao passado.
Confiram na próxima Festa do Colono de Itajaí

I am Grateful

I am Grateful

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Eleiçoes 2010 e Imaginários Políticos

A campanha deste segundo turno das eleições presidenciais no Brasil mostra com clareza uma ideia que já defendi em meu livro sobre a história política de Itajaí (Entre o Rio e o Mar da S&T Editores) lançado em abril deste ano. Em Itajaí, como em todo o Brasil, a ausência de partidos políticos com agendas programáticas e ideológicas definidas está produzindo uma campanha focada em discursos fortemente apelativos à ideias e sentimentos profundamente arraigados no que os historiadores chamam de "mentalidades coletivas" ou "imaginários sociais" da sociedade brasileira. A psicologia social e a antropologia simbólica estão servindo mais do que nunca ao marqueting políitico no sentido de persuadir o eleitor com símbolos culturais adormecidos há séculos no inconsiente coletivo do povo brasileiro. Nesta eleição, temos de um lado, o símbolo cristão do bem contra o mau, que chegou ao Brasil estampado nas caravelas de Cabral, representando o pai experiente, ordeiro, que procura harmonizar os conflitos dos filhos com sua força moral e capacidade de liderança; do outro, o símbolo edipiano da mãe protetora e defensora dos filhos contra a mão disciplinadora do pai. O poder patriarcal forjou a sociedade brasileira exterminou índios e escravizou negros em nome do progresso e da civilização. A mãe, índia e negra, deu à luz um povo mestiço, uma multidão de filhos bastardos, gerados na cumplicidade e aconchego da casa grande e lançados ao suplício da senzala. Temos diante nós, nesta campanha, uma disputa entre um símbolo religioso e outro edipiano, ambos de enorme poder persuasivo, porque se apóiam em mitos, objetivando formar opinião pública através de significados selecionados a partir de um repertório cultural coletivo, sem esclarecer sua origem social e histórica. O mito é uma linguagem composta por significados roubados de situações que dizem respeito ao espectador, mas das quais ele não tem consciência.
Neste início de século XXI estão ocorrendo dois fenômenos culturais em nível global: o fim das grandes ideologias politicas que nortearam os séculos XIX e XX: socialismo, liberalismo, social-democracia; e a secularização de símbolos religiosos. O poder simbólico que está sendo liberado dos símbolos religiosos tradicionais como "bem" e "mau" estão sendo atraídos pelos discursos políticos para preencherem os espaços deixados pelo esvaziamento das ideologias políticas. Por isso o debate dos dois candidatos à presidência neste segundo turno está sendo dominado por temas que tem aparência religiosa, mas que na realidade, estão apenas captando um movimento da mentalidade social brasileira e mundial contemporânea: a transmutação dos signos religiosos em discursos políticos.